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X Jornadas de História do Baixo Guadiana com lotação esgotada

Foi em 12 e 13 de Setembro que o Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes, em Vila Real de Santo António, registou lotação esgotada na X edição das Jornadas de História do Baixo Guadiana. No acto de abertura, o vereador com o pelouro do Património Material e Imaterial, Fernando Horta, saudou o empenho do historiador do município, Fernando Pessanha, na coordenação científica das Jornadas de História do Baixo Guadiana, sublinhando a importância de uma iniciativa que, ao longo de onze anos, trouxe a Vila Real de Santo António mais de meia centena de conferências proferidas por historiadores, arqueólogos, arquitectos, técnicos de património, entre outros especialistas luso-espanhóis, para além da realização de aproximadamente trinta visitas guiadas a locais de interesse patrimonial no Baixo Guadiana. Seguidamente, o arqueólogo Pedro Albuquerque, docente na Universidade de Sevilha, dissertou sobre “O Guadiana entre a foz e Mértola no I milénio a. C.”, enquanto a arquitecta Marta Santos, doutoranda da Universidade de Lisboa, fechou a manhã com a apresentação do estudo “Estucos e Yeserias: a casa ornamentada do Baixo Guadiana”. Pela tarde teve ainda lugar a visita guiada pelas casas ornamentadas de Vila Real de Santo António, conduzida pela mesma arquitecta.

No dia seguinte, 13 de Setembro, o presidente da Junta de Freguesia de Vila Real de Santo António, Valentim Ferreira, salientou a importância das Jornadas de História do Baixo Guadiana como exemplo de oferta cultural no combate à sazonalidade económica no território. Já o arquitecto e historiador Luís Costa e Sousa, investigador da Universidade Nova de Lisboa, apresentou “Depois de Alcácer Quibir: o regresso dos soldados de Alcoutim e Castro Marim”, seguindo-se a jovem arquitecta María Martín Rios, que dissertou sobre “A arquitectura defensiva na foz do Guadiana: VRSA, Ayamonte e Castro Marim”. Para finalizar, a mesma arquitecta e o historiador Fernando Pessanha realizaram uma visita guiada às ruínas das estruturas defensivas de Ayamonte.

Para o futuro, ficou a promessa da publicação de um novo livro de actas das Jornadas de História do Baixo Guadiana que reúna muitas das conferências ministradas ao longo dos últimos anos.

 

Ademar Dias

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